12 de janeiro de 2011

Crónica do roterio pola serra dos Anacares - 8 e 9 de Janeiro do 2011

NEVA no bico do cume
neva xa pola ladeira
neva no teito e na eira.
..................

Eu a ollar pro lume
i o lume a ollarme.
O lume sin queimarme
fai de min fume...

Uxio Novoneira


Como bem reflicte o nosso poeta courelá, assim é como afrontamos a jornada do Sábado 8 de Janeiro de 2011. Tempo duro de inverno, muita auga no começo e vento e neve no cúmio do Cuinha. Até que nos foi possível o grupo de montanheiras de AMAL desfrutou do val da aldeia de Suarbol e da ascensom inicial entre acivros, carvalhos, piornos e bidueiros. Acima o frio, a neve e umhas pegadas na neve, suspeitas de ser de lobo, fôrom os nossos companheiros. Finalmente e sem parar de neviscar atingimos o objetivo, a cima do Cuinha.

Grupo de montanheir@s na cima do Cuinha


Sem muitos mais contratempos que o cansaço e umha boa molheira finalizou a primeira jornada na Serra dos Ancares, ao pé de Suarbol. Na tardinha recuperamos folgos no albergue acarom do lume dumha lareira.

segunda etapa, o Domingo 9 de janeiro de 2011, acordamos entre um neboeiro e apos alguns debates de qual seria o nosso objetivo encaminhamo-nos até Très Bispos.



Caminho de Tres Bispos


Quando colhemos altura tivemos umha boa vissom da serra. Numha parte Corno Maldito e Penedoes. No meio Très Bispos. E mais longe Pena Roiba. O dia foi limpo e pudemos ver a parte alta da serra que no dia anterior foi-nos negada. A ascensom a Trés Bispos foi rápida e permitiu-nos consumir o tempo numha vissom espectacular e maravilhosa.

Ascensom final até Tres Bispos

Montanheir@s na cima de Tres Bispos

A volta foi pola Campa do Brego onde há um refúgio de montanha. Caminho da Degrada atravessamos um aciveiral, bosque formado por acivros. Deste jeito decorrereu o nosso achegamento a umha das serras mais sobranceiras da Galiza, até outra, serra.

2 de janeiro de 2011

Roteiro polos Ancares o sábado 8 de Janeiro: Aldeia de Suárbol-Pico de Cuinha

Rota Suarbol-Cuinha

Caminho ao Pico Cuinha

As montanheiras de AMAL damos começo ao 2011 cumha rota por umhas das serras mais conhecidas da Galiza. Neste primeiro roteiro desta nova xeira achegaremo-nos aos Ancares e ascenderemos dous dos cúmios mais senlheiros o Cuinha (1987m.) e o Mostalhar (1924m).

A Serra dos Ancares

Estende-se de Nordeste-Suloeste. A origem desta serra remonta-se à Orogénia herciniana (240-400 milhons de anos). Apos este processo ficárom à vista grandes vetas de granitos e lousas, e afloramentos de quartzito. Também é possível comprovar a actividade glaciar ocorrida hai 18.000 anos como por exemplo a cabeceira do rio da Veiga (Suarbol) por onde trancorre o nosso roteiro. Ancares situa-se entre duas regions climáticas a eurosiberiana ou atlantica e a mediterránea. Na Galiza é umha das últimas grandes serras do norte.

Vegetaçom e fauna

Nos vales e nas abas dos montes podemos atopar carvalhos, ameneiros, castinheiros (associados a vida das aldeas), acivros (é possivel atopar bosques exclusivos desta espécie), rebolos, choupos e salgueiros.

Já apartires dos 1400-1500 metros podemos atopar bidueiros capaces de suportar o frio, a geada e os ventos de altura; ou azevinhos os quais no inverno som refugio de muitas espécies animais. Caminho do cúmio podemos atopar carqueixas nas zonas mais secas e piornos e gestas nas mais húmidas, mato baixo e zonas de pastoreio.

Enquanto à fauna o mais característico dos Ancares é que existe umha da mais grande concentraçom de espécies de vertebrados da Galiza. Ainda é possível ver algum urso e algumha pita -do-monte, quase extinta. Algumhas espécies endémicas som a bolboreta Aricia morronensis, a rá vermelha, a levre de Castro Velho e a víbora de Seoane. Podemos ver a marta, a donicela, lobos, xabarins, raposos, curujas ou azores.

Assentamento humano

Como em muitas zonas de montanha as condiçons meteorológicas e orográficas explicam o assentamento humano nos Ancares. Há restos de conduçons de água da época romana e velhas serrarias para fazer trabons para os caminhos de ferro.Com o passo do tempo a serra perdeu populaçom bem porque fôrom buscar trabalho nas minas, bem pola emigraçom. Na Galiza administrativa a populaçom passou de 6500 pessoas no 1910 até 2000 pessoas na actualidade. Aldeias como Vilarbom ou Pando ficarom sem gente. E outras como Suarbol apenas ficam vizinhas. As aldeias quase sempre buscam a orientaçom sul, buscando refúgio dos ventos do norte. Ë característico o apinhocamento das casas dando como resultado pequenas ruas. Aliás, as palhoças som umha construçom característica do Ancares. Esta construçom, extraordinariamente útil e engenhosa, está presente em Piornedo ou Balouta. Em Suarbol ficárom estintas por causa dum incéndio a começos do século passado. Nesta aldeia é possivel atopar escudos heráldicos nalgumhas casas e como curiosidade umha figura talhada em pedra que representa a um home cumha navalha numha mao e com a outra agarra os genitais.

Sábado 8, informaçom do roteiro

Começamos ao pé de Suarbol, num caminho a mao direita, a 50 metros após passar o desvio hácia a aldeia, na estrada em direcçom a Porto Ancares. Desde aquí começa um caminho que transcorre entre muros de pedra e leiras onde pace o gando. Desde a aldeia a ascesom vai desde os 1100 metros até os 1987 metros do cúmio mais alto de Ancares, Cuinha . Atrás fica umha vissom do Val da Freita e da Aldeia de Suarbol e dos montes que a rodeiam na sua parte norte (Monte Galegos 1400m., Tinsidoiro 1462m. e Cespedosa 1517m.). Adrentamos-nos numha pequena fraga e atravessamos alguns regatos. Na segunda parte do roteiro e após dumha exigente ascensom, chegamos a o Val da Freita do rio do mesmo nome, que antigamente foi um glaciar. De fronte e a mao direita vemos Pena Longa de 1880 metros. Antes da ascensom final, chegamos a umha pequena rechá onde atopamos um refúgio na Malhada de Suarbol, onde ficam restos do que foi um cabano pastoril. Desde aqui, se o tempo o permite, vemos à nossa esquerda o cúmio do Cuinha e o de Pena longa à direita. Ascendemos arredor duns cem metros até chegar à cumeada dos dous cimos. Seguimos a cumeada até o chegarmos até o pico. Se é possível polo tempo desde aqui podemos voltar por Piornedo, passando antes por Pena Longa e o Mostalhar, ou bem voltar polo mesmo percurso.

Horário: saída desde a Degrada às 9:00hh. Desde Suarbol, às 9:30hh.

Dificuldade: Meia-Alta.

Tempo aproximado: 5 horas (ida e volta).

Durmida: Albergue da Campa da Branha (Degrada). Preço:7€. Há que levar saco-cama.

Comida: Devemos levar almorço, jantar e ceia para os dous dias. No caso de irmos na sexta feira, a ceia desse dia. No albergue há possibilidade de almorçar (3,5€) e cear (12€). Levar umha garrafa de água por pessoa.

Recomendaçons: Devido a estaçom na que estamos é provável que as condiçons atmosféricas sejam adversas. Ë muito recomendável levar polainas porque atoparemos neve, roupa de abrigo, botas de montanha, umha peça de roupa para a chuva e umha muda. No caso de termos o dia com sol, compre levar óculos para o sol e crema solar. É recomendável levar “crampons” para as zonas próximas ao cúmio, onde é possível que haja gelo.

O Domingo 9 temos pensado fazer a ascensom do Mostalhar desde Piornedo. Combinará-se às 9:00 na Degrada ou às 9:30hh em Piornedo.

Publicaremos umha nova com informaçom de ultima hora na quinta feira. Previssom de tempo e últimas recomendaçons.

X Acampamento de Verao

Como todos os últimos fins de semana do verao, reunimo-nos num par de jornadas de convívio, caminhadas, lezer e conversa, que servirá...