7 de outubro de 2007

43 Graos, 47 Minutos e 29 Segundos Norte


O último roteiro tinha un conteúdo especial, logo de tantas aventuras, de tantos percursos, de tantos roteiros, por fim nos dispúnhamos a começar a derradeira etapa. Na memória @s companheir@s que aderidos ao nosso grupo, fazíamos um total de 33 participantes no conjunto da marcha. Decidimo-nos a completar o percurso que atravessou a dorsal galega de Portugal até o Cantábrico e que iniciáramos havia 14 dias na Fronteira com Portugal, na comarca da Paradanta. Este último trajecto partia da dificuldade de facermos 45Km numha só jornada para podermos atravessar a Serra da Faladoira, desde As Pontes até o ponto mais ao norte da península Ibérica: 43 Graos 47 minutos e 29 segundos Norte, Cabo de Estaca de Bares. O fim da Dorsal Galega.

Combinaramos às 8 da manha em As Pontes de onde partimos cara o Caxado. O Caxado, com os seus 756 metros de altura, pode presumir de ser o monte mais alto de todo o Norte da Galiza. De alí pudemos apreciar a maior concentraçom de eólicas de todo o pais. Até onde nos alcançava a vista nom aprezamos um só monte cujo cúmio nom estivera industrializado e estragado com a instalaçom de eólicas.

O percurso realizamo-lo polo caminho dos Arreeiros. O Caminho dos Arrieiros ou Caminho Grande estende-se ao longo de uns 40 km. por umha via de trânsito natural, que une As Pontes com o porto de Bares atravessando as serras de Faladoira e Coriscada. Este caminho foi empregue desde a prehistória como via de intercâmbio comercial.

No nosso roteiro pudemos apreciar paisagens de giestas, granito e lousa nos cúmios com cabalos selvagens dominando as ladeiras altas, e bosques de pinheiros alternando com os prados com cancelas para as vacas nas partes mais baixas da serra.


A omnipresença das eólicas fijo algo agobiante o passeio pola serra, semelhaba que nom avançávamos porque a paisagem sempre reproduzia a mesma estampa de cúmios inçados de eólicas. As plantaçons industriais de eucaliptos em fileiras, junto com as eólicas e as canteiras de lousa, foi a parte mais dura e negativa do roteiro. Semelha que todo o monte galego está em mans de empresas privadas e que pouco ou nada fazemos para evitar que privatizem o pais e se lucrem com a sua explotaçom.


Quando divisamos o mar por primeria vez, foi um momento especial. Logo de 240 quilómetros de percurso total e de cinco roteiros na memória, a visom da paisagem da Ría de Ortigueira e dos faralhons, e da Ría do Barqueiro, fazia-se muito gratificante.

O passo acelerou-se com a visom do mar apesar de que restavam ainda 8 quilómetros para chegar até a ponta do cabo de estaca de Bares.

O Porto de Bares de 3.000 anos de antiguidade, para alguns feito polos Fenicios, para outros mais sonhadores feito polos Cíclopes (gigantes com um só olho); surpreende-nos com a sua beleza que o fai muito apetecível. O urbanismo destrutivo da paisagem e da natureza galega, desta vez ainda nom chegou a Bares e surpreendentemente nom vemos nengumha urbanizaçom e nengumha torre que rompa selvagemente a beleza do entorno. Em frente divisamos a ilha coelheira.

Seguimos o percurso ao longo da península que forma o próprio cabo, a estas alturas já com cansanço físico e desejosos de tomar contacto visual com o faro que sinala o fim da nossa travessia.

Logo de umhas paisagens de ladeiras íngremes impresionantes pola sua altura, majestuosidade e fermosura, por fim divisamos o nosso objectivo:


X Acampamento de Verao

Como todos os últimos fins de semana do verao, reunimo-nos num par de jornadas de convívio, caminhadas, lezer e conversa, que servirá...